quarta-feira, 14 de maio de 2008

Alceu Valença dos 1000 sons


Alceu Paiva Valença nasceu em São Bento do Una, no interior de Pernambuco, nos limites do agreste, em 1946 e é um dos compositores e cantores mais originais e influentes da Música Popular Brasileira, navegando por Luiz Gonzaga, Elvis, Pink Floyd e Piazzola. Mas é claro que sua grande mistura entre a nordestinidade e o rock eletrificado e a sintetizidade pop dos anos 80 é a sua marca. É fácil achar maracatus, cocos, repentes, baiões, toadas, frevo, caboclinhos, emboladas, aboios, reggae, forrós, xotes, rock cinqüentão e progressivo em suas canções.

Através dos alto-falantes dos interiores, uma espécie de rádio-poste da época, Alceu conheceu Jackson do Pandeiro, Gonzagão e Marinês. Em casa, a influência ficou por conta do avô, Orestes Alves Valença, que era poeta, cantador e violeiro. Aos 10 anos vai para Capital, Recife, onde descobriu o Brasil: Sambas, Orlando Silva, Dalva de Oliveira, Bossa Nova, Jazz e o Rock and Roll.

Se formou em direito no Recife, em 1969, mas também brincava de ser jornalista - trabalhou como correspondente do Jornal do Brasil. Mas seu grande barato foi resolver ser artista e Pernambuco e seus carnavais foi uma grande escola. A Mistura, mesmo não sendo uma idéia genuína, pois já se tinha o tropicalismo e Raulzito Baiano Seixas, que é contemporâneo, é muito interessante, sobretudo nos anos setenta, antes de ser “Pop Valença”. Porém, a sua pesquisa e execução são maravilhosas e atemporais.

Em 1971, vai para o Rio de Janeiro com o amigo e incentivador Geraldo Azevedo. Começa a participar de festivais universitários, como o daTV Tupi a faixa Planetário. Nada acontece. Nenhuma classificação, pois a orquestra do evento não conseguiu tocar o arranjo da canção. Em 1974 ganha o prêmio de “música sem pé nem cabeça”, ou seja, artista revelação, com Danado pra Catente – nessa Zé Ramalho estava tocando viola e cantando com ele.

Vale a pena conferir toda sua obra da década de setenta, assim como todas as entrevistas da época. Nos anos oitenta, apesar de ter virado MPB “popão”, tem muita coisa boa: coração bobo, cinco sentidos, anjo avesso, mágico e “um puta” disco ao vivo em Montreux. Nos anos noventa indico o 7 sentidos e maracatus-pa-e-bolas-mariolas. O resto é chato e isso inclui os DVDs e entrevistas. Alceu ficou over. Ah, tem o Ensaio da TVE que é maravilhoso. Faça várias caipirinhas e divirta-se!


Alceu & Geraldo Azevedo

Ano de lançamento: 1972

A Noite do Espantalho

Ano de lançamento: 1974

Molhado de Suor
Ano de lançamento: 1974

Vivo
Ano de lançamento: 1976




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Espelho Cristalino
Ano de lançamento: 1977

Saudade de Pernambuco
Ano de lançamento: 1979

Coração Bobo
Ano de lançamento: 1980

Cinco Sentidos
Ano de lançamento: 1981




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Cavalo de Pau
Ano de lançamento: 1982

Anjo Avesso
Ano de lançamento: 1983

Mágico
Ano de lançamento: 1984

Estação da Luz
Ano de lançamento: 1985




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Ao Vivo
Ano de lançamento: 1986

Rubi
Ano de lançamento: 1986

Leque Moleque
Ano de lançamento: 1987

Oropa, França e Bahia
Ano de lançamento: 1988




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Andar Andar
Ano de lançamento: 1990

7 Desejos
Ano de lançamento: 1991

Maracatú, Batuques e ...
Ano de lançamento: 1994

Sol e Chuva
Ano de lançamento: 1997




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Forró de Todos os Tempos
Ano de lançamento: 1998

Todos os Cantos
Ano de lançamento: 1999

Forró Lunar
Ano de lançamento: 2001

De Janeiro a Janeiro
Ano de lançamento: 2002




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Ao Vivo em Todos os Sentidos
Ano de lançamento: 2003

Na Embolada do Tempo
Ano de lançamento: 2005

Marco Zero ao Vivo
Ano de lançamento: 2007


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