quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O abismo entre o discurso e a prática

*Julio Caldeira

A polícia está prendendo como nunca. Dos últimos quatro anos para cá é notória a atuação ostensiva das corporações capixabas. O Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes) é um exemplo da intenção administrativa do governo estratégico de Paulo Hartung. Tão perfeito que deixaria Nicolau Maquiavel, escritor do clássico “O Príncipe”, com um discreto sorriso de mestre em sua delicada face. Ambos conhecem “de que modo se devam governar as cidades ou principados que, antes de serem ocupados, viviam com as suas próprias leis”.
Para Maquiavel, neste caso, existem três modos de governar: o primeiro é arruinando as cidades sem lei; o outro é ir habitá-la pessoalmente; e o terceiro é deixar com que as pessoas que lá vivem se destruam com sua própria não-lei, arrecadando um tributo e criando em seu interior um governo de poucos, que se conservam amigos. Qualquer semelhança é mera política.
Mas, voltando à segurança pública, há algum tempo tem se observado, aliás, logo após a força tarefa que passou pelo Espírito Santo, que o atual governo tem investido nesta questão. É nítida a presença de Rodney Rocha Miranda na estratégia de Hartung. Assim como também é inegável a evolução do secretário de Segurança Pública, que passou de um homem tímido, para braço “Lobo de Temudjin” do exército de Gengis Khan.
Com precisão e eficiência admiráveis, os guerreiros de Gengis Khan eram especialistas em emboscadas e ataques de surpresa. Já o capixaba, prefere a burocracia e as estimativas – tal qual na arte da guerra, de Sun Tzu -, ou seja, criar certas regras e impedimentos, em nome da política de segurança e seus estratagemas. Diferentemente, no exército mongol, os chefes faziam grande uso de patrulhas de reconhecimento e de movimentos sincronizados para atacar o inimigo em desvantagem.
Ainda não se sabe quais são os fins políticos do atual governo – aliás, se sabe, mas não se diz. Mas o importante é que os meios estão dando certo. Os bandidos estão sendo presos. As polícias estão sendo equipadas. E os presídios... Bem, eles estão superlotados e sem infra-estrutura. Instalados em locais inapropriados e recebendo a cada dia mais: presos que são capturados pelos “Lobos de Temudjin”.
Ou seja, o discurso da política de Segurança Pública do governo Hartung é imprescindível. E mais, a arte retórica é a base administrativa desta gestão, que aponta para um reinado de 20 ou 30 anos – afinal, o terreno já está preparado. Porém, em uma questão um pouco mais prática, a população do Espírito Santo quer saber: os senhores vão enfiar esses presos onde?

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Symarip... ska-reggae de cabeça raspada


Symarip: Moonstomp (Deluxe Edition 2008)


Disco 1

01 Skinhead Moonstomp
02 Phoenix City
03 Skinhead Girl
04 Try Me Best
05 Skinhead Jamboree
06 Chicken Merry
07 These Boots Are Made For Walkin
08 Must Catch A Train
09 Skin Flint
10 Stay With Him
11 Fung Shu
12 You're Mine
13 The Fit (AKA Wish)
14 Please Stay
15 Special Beat
16 Flour Dumpling
17 Equality
18 Mama Me Want Girl
19 Sentry
20 Soul Crash
21 Throw Me Things
22 There Goes My Heart
23 Bam Bam Baji

¡¡Descarga aquí Disco 1!!


Disco 2

01 Hold Him Joe
02 Tomorrow At Sundown
03 Parson's Corner (AKA Vindication)
04 Redeem
05 La Bella Jig
06 Holidays By The Sea
07 I'm A Puppet
08 Feel Alright
09 Telstar
10 Geronimo
11 To Sir With Love
12 Reggae Shuffle
13 All For You
14 Stingo
15 Mosquito Bite
16 Mother's Bath
17 Can't Leave Now
18 Teardrops
19 Stop The Train*
20 Black And White*
21 Lasting Treasure*
22 That's Nice*
23 Funky Broadway*


¡¡Descarga aquí Disco 2!!

Symarip (também conhecidos como The Pyramids, The Bees, Seven Letters e Zubaba) foi uma banda de ska e reggae do Reino Unido, formada no final dos anos 1960's.

Foi uma das primeiras bandas a terem skinheads como público principal, o que fez o estilo de música deles ficar conhecido como skinhead reggae. Não é a toa que os "hits" deles incluem músicas como "Skinhead Moonstomp", "Skinhead Girl" e "Skinhead Jamboree".

A banda mudou-se para a Alemanha em 1971 tocando Afro-rock e reggae sob o nome de Zubaba. Em 1980, o álbum "Skinhead Moonstomp" foi re-lançado durante a "segunda onda do ska" e alcançou as paradas britânicas pela primeira vez. A banda separou-se oficialmente em 1983.


Em Homenagem a Paulinho Ramone e Led!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Minha trilha sonora do verão!

Track list:

01 - Stick shift. 2:31
02 - Travelin' guitars. 2:03
03 - Lover's satellite. 2:17
04 - Duel. 3:37
05 - Cha cha guitars. 3:37
06 - The Duals blues. 2:14
07 - Music appreciation. 2:38
08 - Beach party. 2:10
09 - Runnin' water. 2:20
10 - Rollin'. 2:07
11 - Henry's blues. 2:15
12 - Johnny's boogie. 2:41

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Surf music de primeira, sem frescura. Este disco é 1961, ou seja, ele foi feito no alge do rockabilly praiano. Sonzeira para ouvir cedinho, logo assim que abrir os olhos. Eu agarantio!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Early Reggae esquema

Dennis Alcapone - Guns Don't Argue [1971]

01 - Guns Don't Argue
02 - It Must Come
03 - Ain't Too Proud To Beg
04 - Everybody Needs Love
05 - If It Don't Work Out
06 - Teacher Teacher
07 - Left With A Broken Heart
08 - You Got What It Takes
09 - World Wide Love
10 - Someone Dacing With My Girl

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Da série cartunistas brasileiros

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Saquem o risco desse cara. É Rodrigo Rosa: nasceu em Porto Alegre, em 11 de junho de 1972. Cartunista, ilustrador e jornalista, formado pela PUC/RS, iniciou sua carreira profissional publicando tiras de quadrinhos no jornal Oi! Menino Deus, aos 14 anos. Anos mais tarde, integrou a Editoria de Arte do jornal Zero Hora, onde passou a se dedicar mais à arte da ilustração, tendo colaborado em obras de autores como Sérgio Caparelli (Os Meninos da Rua da Praia), Moacir Sclyar (Uma História Farroupilha), Carlos Urbim (O Negrinho do Pastoreio e Outras Lendas Gaúchas), Érico Veríssimo (Aventuras do Tibicuera), entre outros. Como cartunista, publicou charges e cartoons em diversos jornais e revistas, e conquistou mais de 20 prêmios em salões de humor no Brasil e exterior.



quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

No mínimo respeito pô!

Cinquenta reais. Este é o valor do reajuste do suor brasileiro, da injustiça e do disparate entre o homem comum proletário-assalariado e os nossos representantes políticos. Em 2008 vereadores, prefeitos, deputados e os “batutas” do judiciário tiveram aumentos exorbitantes. Enquanto nós...
A lógica é a de quem pode... Pode! E quem não pode... Se sacode. Quem é “cool” “chique”, “importante” ganha reajuste colossal. Enquanto o João Ninguém... Este - como diria o poeta-sambista Noel Rosa - “que não é velho nem moço, come bastante no almoço, para se esquecer do jantar...
Bom, em contrapartida, e por desaforo, faços as palavras de Noel as minhas: “João Ninguém não tem ideal na vida além de casa e comida, tem seus amores também e muita gente que ostenta luxo e vaidade não goza a felicidade que goza João Ninguém!”. A única diferença é que esse João trabalha e tem filho, e paga imposto e tem desgosto também.
Esse João também é José, é mero setor de fábrica, é Maria, é Lispector, Drummond. É o ente, o nada e o ser-aí. É todo o pensamento impróprio da ira social. É Marx, Hegel, Heidegger e nunca foi à Alemanha. Ainda mais agora que “a festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou...”, como bem disse Carlos, ou eu, que sou sem nome, ou você, ou Drummond, ou Lispector, Maria, José... João... Ninguém.
Cinquenta reais. Esse é o valor do desrespeito para quem move o mundo!