quarta-feira, 6 de junho de 2007

30 anos de Bad Brains


Build a Nation

O novo álbum do Bad Brains, “Build a Nation”, tem a produção de Adam Yauch, dos Beasties Boys e conta com a sua formação original: o rastaman de voz poderosa e atitudes punks nos palcos H.R., o virtuoso criador de várias frases de guitarra Dr. Know, o baixista marcador pesado Darryl Jenifer e o baterista de mãos nervosas nas partes rápidas e punhos precisos nos reggaes Earl Hudson. Esse é o primeiro do grupo desde 1995, quando foi lançado “God of Love”, que, diga-se de passagem, também é um discaço.

O Bad Brains é uma das bandas primordiais do punk rock e a previsão para o lançamento de seu álbum é dia 26 de julho, mas já pode ser encontrado no soulseek desde jah (putz, trocadilho horroroso).

O disco é fenomenal, tem o dedo Beastie Boy de Adam, que evidenciou na banda o que eles já vinham procurando: um toque dub contemporâneo, mas sem perder a pegada HC. Com a modernice, a banda ganhou um coro vocal maravilhoso com direito a muito eco e sobreposições de guitarras. A marcação firme e auto-sustentável da junção baixo e bateria continua como sempre: implacável. O disco é recheado de hc, reggae e punk rock.
As faixas de “Build a Nation” são:


01. Give Thanks and Praises
02. Jah People Make the World Go Round
03. Pure Love
04. Natty Dreadlocks ‘pon the Mountaintop
05. Build a Nation
06. Expand Your Soul
07. Jah Love
08. Let There Be Angels (Just Like You)
09. Universal Peace
10. Roll On
11. Until Kingdom Comes
12. In the Beginning
13. Send You No More Flowers
14. Peace Be Unto Thee

Bad Brains: Build a Nation


*Histórico da banda

Considerada como uma das mais influentes, essa banda americana formada em Washington, DC em 1977, completa 30 anos de muita quebradeira. Eles são considerados os pioneiros do Hardcore ao misturar jazz fusion com punk rock acelerado, intenso e musicalmente mais complexo que os seus contemporâneos. E não pararam aí, na década de 80 eles foram os primeiros a fazer a fusão do heavy metal com o funk, além de serem adeptos da música reggae e seguidores do Rastaffari.

Na verdade tudo começou assim: O grupo foi formado com o nome de Mind Power pelo guitarrista de jazz fusion Dr. Know (vulgo Gary Miller) em 1977, que chamou o vocalista Sid McCray, o baixista Darryl Jennifer e o baterista Earl Hudson. O som inicialmente era basicamente Funk e Jazz Fusion. Ainda em 1978, o vocalista apresenta o punk rock para o resto da banda, que já andava escutando Black Sabbath. Isso mudou toda a percepção da banda, que mudou o nome para Bad Brains, título de uma música dos Ramones.

Antes de a banda gravar, McCray é substituído por H.R, irmão do baterista. Foi nesse período que eles se converteram ao Rastafari. Suas perfomances sempre foram lendárias e eles usavam a raridade como estratégia de divulgação, pois suas gravações eram difíceis de serem achadas. O primeiro single 'Pay To Cum', foi prensado em poucas cópias e em 1982 o álbum “debut” foi lançado apenas em formato de fita cassete, intitulada 'ROIR'. Em seguimento ao lançamento da fita, o grupo lançou outros EP's até chegar em 1982, ano que são contratados pela gravadora PVC lançando logo em seguida o clássico album 'Rock For Light', que foi produzido por Ric Ocasek (ex-integrante do grupo new-wave The Cars).

Com os gloriosos tempos de banda independente para trás, os shows começaram a ficar para trás também, fazendo assim a banda lendária no Hardcore Americano, pois poucos fãs podiam realmente escutar a banda devido a fraca distribuição do álbum e um agendamento para shows quase nulo. A banda demorou quase três anos para lançar outro álbum de estúdio, mas finalmente em 1986 sai o clássico 'I Against I'. Neste tempo de pausa de um álbum para o outro, o grupo desenvolveu influências de heavy metal e o resultado disso é que o álbum foi severamente criticado e os fãs do começo da banda, torceram o nariz para essas mudanças.

No caso, isso acabou também dividindo a banda com Dr. Know e Daryl desejando a procura de um rock mais pesado e do outro lado, H.R e Earl Hudson procurando devotar-se ao reggae. Mais ou menos três anos depois, H.R e Hudson acabaram saindo para fazer álbuns de reggae, e em 1989 eles são substituídos por Israel Joseph-I (Dexter Pinto) e pelo ex-Cro-Mags Mackie Jayson, respectivamente. Logo em seguida sai dois álbuns ao vivo, um pela gravadora PVC e um independente.

Ainda em 1989 sai o 'Quickness', que, com sua sonoridade mais pesada, influenciada pelos intercâmbios entre o hardcore e o metal, desagradou os que esperavam por algo como o disco anterior. Ainda assim, a maioria dos fãs considera "Quickness" um clássico. Uma curiosidade é que a banda começou a gravar o disco com outro vocalista (vide as discordâncias do parágrafo anterior), mas HR e seu irmão Earl voltaram à banda a tempo de regravar os vocais. Como não era possível regravar a bateria, o disco conta com Mackie Jay nos tambores.

Com a explosão do rock alternativo nos anos 90, finalmente o Bad Brains assinou com uma gravadora grande, a Epic-Sony. Naquele começo de ano foi lançado o album 'Rise'. O álbum foi um fracasso de vendas e a banda foi despedida da gravadora. Alguns anos depois, assinou com a Maverick Records, mas com um porém, só faria o disco com a formação original. E assim é lançado 'God Of Love' em 1995, com péssimas críticas e vendas fracas. Logo depois do lançamento do álbum, H.R e Hudson saíram novamente e por caso de um contrato medonho, a banda perdeu o direito a usar seu nome original, fato que gerou fortes críticas à gravadora. Em 1998, o grupo voltou a tocar com a formação clássica só que com o nome “Soul Brains”.

*Informações coletadas na:

2 comentários:

Kalunga disse...

Este disco de 2007 é muutoi foda, mantém a vanguarda no som dos caras!

enfim, BB é foda MESMO!

Mentor disse...

O irado é que é vanguarda, ligado nas tendências, em alguns momentos, fazendo tendência também, mas ainda sendo o velho Bad Brains.