quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Eloy, bom só no começo

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Eloy é uma banda alemã de rock progressivo, mais específicamente rock sinfônico e space rock - este último, sobretudo, presente nos álbuns mais recentes. O nome da banda foi inspirado em Eloi, uma raça do futuro na novela A Máquina do Tempo, de Herbert George Wells.


O primeiro quatro álbuns são os melhores, e não têm nada de parecido com o movimento Krautrock - que a refêrencia do progressivo germanico. O som do Eloy está mais para as bandas britânicas de rock progressivo, como Yes, Jethro Tull, e Pink Floyd. Além disso, a abanda também tema pegada rock n' roll dos anos setenta, tipo Free, Led Zeppelin e Deep Purple.


Fundada no final dos anos 1960 pelo guitarrista Frank Bornemann, a banda sofreu várias mudanças, sendo Bornemann o único membro consistente do grupo. Foi inspirada por bandas como The Beatles, The Shadow e Pink Floyd, este último pelo tom de space rock que possuia na época. A princípio, a banda tocava hard rock, inspirada por temas políticos, mas logo passou para um som mais progressivo, com elementos de space. Baseado principalmente nos solos de guitarra de Bornemann, o som da banda também inclui o vasto uso de sintetizadores e coros.

Em 1971 foram para Hamburgo gravar seu primeiro LP. O primeiro contrato com uma grande gravadora veio em 1973, com a EMI. Foram então promovidos à uma das banda mais influentes da cena da época. Os álbuns vendiam cada vez mais, alcançando o auge de sucesso com Silent Cries and Mighty Echoes, lançado em 1979 - este, totalmente space. Na época a formação da banda contava com Frank Bornemann na guitarra e vocal, Klaus Peter Matziol no baixo, Detlev Schmidtchen no teclado e Jürgen Rosenthal na bateria, que também escrevia as letras das canções.

Na década de 1980, depois de uma série de trocas no grupo, Bornemann seguiu para um caminho mais comercial. Apesar de atrair público, a banda nunca ganhou popularidade nos Estados Unidos. Apesar disso, membros antigos da banda reuniram-se novamente, e em 1998 os fãs puderam conferir Ocean 2, um retorno ao gênero clássico do progressivo sinfônico do qual a banda era conhecida. Uma sequência do original de 1977, é considerado entre fãs como uma captura bem sucedida do espírito da banda.


Bem, ouça e defina você mesmo. Sugiro ouvir bebendo vinho!


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1971 - Eloy

1973 - Inside

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1974 - Floating

1975 - Power And Passion

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1976 - Dawn

1977 - Ocean

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1978 - Live

1979 - Silent Cries & Mighty Echoes

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1980 - Colours

1981 - Planets

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1982 - Time To Turn

1983 - Performance

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1984 - Codename Wild Geese

1984 - Metromania

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1988 - Ra

1991 - Rarities

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1992 - Destination

1994 - The Tides Return Forever

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1998 - Ocean 2 (The Answer)

2003 - Timeless Passages



Os links foram retirados do blog newbrasilmidia.

sábado, 29 de novembro de 2008

Dom Um Romão

*Do Site Glube de Jazz

Dom Um nasceu no dia três de agosto de 1925, na cidade do Rio de Janeiro. Seu pai era baterista e o influenciou tanto na música africana quanto da brasileira. Dom Um Romão é um estilista original da percussão, sempre utilizando os instrumentos para poder evocar os sons de natureza.

Dom Um Romão se tornou um profissional nos final de 40, tocando bateria em orquestras de dança e acabou sendo contratado pela orquestra da Rádio Tupi. Ele formou no Beco Garrafas em 1955, o Copa Trio (que tinha o pianista Toninho e o baixista Manuel Gusmão). No mesmo período, ele foi contratado pela boate Vogue.

Em 1958, ele participou do marco inicial da bossa, o álbum de Elizeth Cardoso, “Canção do Amor Demais”. Em 1961, Romão tocou com Sérgio Mendes no Sexteto Bossa Rio, no Festival Sul-americano de Jazz (no Uruguai). Em 1962, com o Bossa Rio, participou do Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall, em New York. Com Cannonball Aderley, ele gravou o álbum “Cannonball’s Bossa Nova” (Riverside).

Com o Copa Trio participou de “O Fino da Bossa” no Teatro Paramount (1964), sendo a primeira vez que bossa nova foi lançada na cidade de São Paulo. O seu primeiro álbum, “Dom Um”, foi gravado no mesmo ano. Com pianista Dom Salvador e o baixista Miguel Gusmão surgiu a nova formação do Copa Trio, que acompanhou vários cantores na boate Bottle’s, no Beco Garrafas, inclusive o Quarteto em Cy. O trio ao se unir a Jorge Ben, acabaram formando o Copa 4.

Em 1965, ele participou do primeiro álbum de Flora Purim (então sua esposa), “Flora é MPB”(RCA). No mesmo ano, ele foi convidado por Norman Granz para se mudar para os EUA, onde gravou com Stan Getz e Astrud Gilberto, seguindo depois para a Europa. Sendo muito requisitado, Dom Um gravou muitos álbuns, inclusive com Tom Jobim. Romão se juntou ao Brasil 66 de Sérgio Mendes para gravar “Fool on the Hill”(A&M) e para excursionar ao Brasil (1966).

Ele participou da gravação do álbum “Francis Albert Sinatra & Antônio Carlos Jobim” no ano seguinte. Deixando o grupo de Sérgio Mendes, ele gravou entre outros, com Tony Bennett (The Movie Song Álbum). Já em 1971, Romão substituiu o Airto Moreira no Weather Report.

Em 1973, ele gravou seu primeiro álbum de solo no EUA, “I Sing the Body Electric”, e na seqüência, “Spirit of the Times”. No mesmo ano, ele viajou com Blood, Sweat and Tears. “Hotmosphere” seu terceiro álbum,foi gravado em 1976. Dono do estúdio Black Beans em Nova Jersey, Dom Um acabou se mudando para a Suíça no início dos anos oitenta.

Na Suiça ele formou o Dom Um Romão Quintet, que participou no exterior de vários shows, inclusive abrindo as apresentações de muitos artistas importantes, como Tony Bennett e Blood, Sweat and Tears. Em 1993 gravou “Saudades” e em 1998, o cd “Rhythm Traveller” foi gravado no Brasil.

DOM UM ROMÃO – HOTMOSPHERE – 1976

sábado, 8 de novembro de 2008

Dom Salvador: pianista brasileiro


Sua carreira musical teve início aos 12 anos de idade, como pianista em uma orquestra. Tornou-se conhecido em 1961, mesmo ano em que mudou-se para o Rio de Janeiro a convite do baterista Dom Um Romão, onde passou a fazer parte do grupo Copa Trio.

Em 1965, gravou o disco Salvador Trio, como integrante de um grupo com o mesmo nome. Logo depois, formou o grupo Rio 65 Trio, com o qual gravou um LP que representava a Música Moderna Brasileira - um contra-ponto inserido na Bossa Nova.

No ano seguinte, o Rio 65 Trio viajou para a Europa, juntamente com outros músicos como Edu Lobo, Syilvia Telles e Rosinha Valença, entre outros. Depois de apresentar-se em muitos países, o grupo gravou outro LP, na Alemanha.

Ainda em 1966, Dom Salvador foi para os Estados Unidos juntamente com outros músicos, e retornou a esse país na companhia de Elza Soares. Desta vez, fez amizade com vários músicos de jazz, como Thelonious Monk, Charles Lloyd e vários outros.

Retornando ao Brasil tornou-se produtor musical e pesquisador, tendo esta última ocupação motivado viagens para vários outros países. Ainda na década de 60 lançou vários LPs com o Dom Salvador Trio

Em 1970, fez parte do grupo Abolição, juntamente com integrantes dos grupos Cry Babies e Impacto 8, criando assim o embrião do que viria a ser o movimento Black Rio.

Atualmente, Dom Salvador vive em Nova York, onde toca piano em um restaurante. Os discos gravados por ele entre os anos 60 e 70 são, hoje, raridades vendidas a preços altos, quando encontradas.

Nos anos 2000, essa jóia rara do patrimônio cultural brasileiro, que vivendo há mais de três décadas nos EUA, Dom Salvador voltou ao mercado natal lançando o CD Dom Salvador Trio pela Biscoito Fino.

Não são 35 anos de ausência do mercado brasileiro, como a imprensa andou divulgando. Dentre outros poucos títulos do músico, em 2003 o Dom Salvador Trio lançou pela gravadora paulistana Lua Music seu álbum anterior, Transition. Acompanhado por Duduka da Fonseca (bateria) e Rogério Botter Maio (baixo), o disco era uma edição nacional do original americano gravado em janeiro de 1997. Dessa vez, porém, Dom Salvador gravou em um estúdio brasileiro em apenas dois dias, 8 e 9 de janeiro de 2007.

Passados dez anos, o trio apresenta a mesma sintonia fina de grandes músicos de jazz. A idéia de Dom Salvador era reeditar o famoso Rio 65 Trio, que formou com o mesmo baixista Sérgio Barroso e com o lendário baterista Édison Machado, morto em 1990 e aqui substituído por Duduka. O clima de samba jazz remete a sofisticada bossa que surgiu no Brasil e logo ganhou prestígio em todo mundo. Apimentando o banquinho e o violão, essa música tinha ares de samba e flertava de perto com os improvisos e a riqueza do jazz. Uma famosa e bem sucedida mistura brasileira.

São doze temas, todos com assinatura do pianista. Em Unificação Dom Salvador divide a criação com o músico Marco Versiani, também radicado e com carreira estabilizada nos EUA.

Animado com essa espécie de releitura da carreira, Dom Salvador planeja agora remontar - com outro nome - o antológico grupo Abolição, que tinha apenas músicos negros e ficou eternizado no clássico LP Som, sangue e raça, de 1971.

Parte da discografia é:

(1965) RIO 65 TRIO – RIO 65 TRIO

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(1966) RIO 65 TRIO – A HORA E VEZ DA M.P.M.

[A_Hora_e_Vez_da_MPM.jpg]



(1966) Tristeza







(1969) Dom Salvador



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