Cinquenta reais. Este é o valor do reajuste do suor brasileiro, da injustiça e do disparate entre o homem comum proletário-assalariado e os nossos representantes políticos. Em 2008 vereadores, prefeitos, deputados e os “batutas” do judiciário tiveram aumentos exorbitantes. Enquanto nós...
A lógica é a de quem pode... Pode! E quem não pode... Se sacode. Quem é “cool” “chique”, “importante” ganha reajuste colossal. Enquanto o João Ninguém... Este - como diria o poeta-sambista Noel Rosa - “que não é velho nem moço, come bastante no almoço, para se esquecer do jantar...
Bom, em contrapartida, e por desaforo, faços as palavras de Noel as minhas: “João Ninguém não tem ideal na vida além de casa e comida, tem seus amores também e muita gente que ostenta luxo e vaidade não goza a felicidade que goza João Ninguém!”. A única diferença é que esse João trabalha e tem filho, e paga imposto e tem desgosto também.
Esse João também é José, é mero setor de fábrica, é Maria, é Lispector, Drummond. É o ente, o nada e o ser-aí. É todo o pensamento impróprio da ira social. É Marx, Hegel, Heidegger e nunca foi à Alemanha. Ainda mais agora que “a festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou...”, como bem disse Carlos, ou eu, que sou sem nome, ou você, ou Drummond, ou Lispector, Maria, José... João... Ninguém.
Cinquenta reais. Esse é o valor do desrespeito para quem move o mundo!
A lógica é a de quem pode... Pode! E quem não pode... Se sacode. Quem é “cool” “chique”, “importante” ganha reajuste colossal. Enquanto o João Ninguém... Este - como diria o poeta-sambista Noel Rosa - “que não é velho nem moço, come bastante no almoço, para se esquecer do jantar...
Bom, em contrapartida, e por desaforo, faços as palavras de Noel as minhas: “João Ninguém não tem ideal na vida além de casa e comida, tem seus amores também e muita gente que ostenta luxo e vaidade não goza a felicidade que goza João Ninguém!”. A única diferença é que esse João trabalha e tem filho, e paga imposto e tem desgosto também.
Esse João também é José, é mero setor de fábrica, é Maria, é Lispector, Drummond. É o ente, o nada e o ser-aí. É todo o pensamento impróprio da ira social. É Marx, Hegel, Heidegger e nunca foi à Alemanha. Ainda mais agora que “a festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou...”, como bem disse Carlos, ou eu, que sou sem nome, ou você, ou Drummond, ou Lispector, Maria, José... João... Ninguém.
Cinquenta reais. Esse é o valor do desrespeito para quem move o mundo!
Um comentário:
pode esperar que estes míseros 50 reais dobrarão o triplicarão o castigo no teu bolso quando as empresas o utilizarem como desculpa para aumentarem ospreços dos produtos e serviços no geral... Isso é Brasil!
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