Em 1965, gravou o disco Salvador Trio, como integrante de um grupo com o mesmo nome. Logo depois, formou o grupo Rio 65 Trio, com o qual gravou um LP que representava a Música Moderna Brasileira - um contra-ponto inserido na Bossa Nova.
No ano seguinte, o Rio 65 Trio viajou para a Europa, juntamente com outros músicos como Edu Lobo, Syilvia Telles e Rosinha Valença, entre outros. Depois de apresentar-se em muitos países, o grupo gravou outro LP, na Alemanha.
Ainda em 1966, Dom Salvador foi para os Estados Unidos juntamente com outros músicos, e retornou a esse país na companhia de Elza Soares. Desta vez, fez amizade com vários músicos de jazz, como Thelonious Monk, Charles Lloyd e vários outros.
Retornando ao Brasil tornou-se produtor musical e pesquisador, tendo esta última ocupação motivado viagens para vários outros países. Ainda na década de 60 lançou vários LPs com o Dom Salvador Trio
Em 1970, fez parte do grupo Abolição, juntamente com integrantes dos grupos Cry Babies e Impacto 8, criando assim o embrião do que viria a ser o movimento Black Rio.
Atualmente, Dom Salvador vive em Nova York, onde toca piano em um restaurante. Os discos gravados por ele entre os anos 60 e 70 são, hoje, raridades vendidas a preços altos, quando encontradas.
Nos anos 2000, essa jóia rara do patrimônio cultural brasileiro, que vivendo há mais de três décadas nos EUA, Dom Salvador voltou ao mercado natal lançando o CD Dom Salvador Trio pela Biscoito Fino.
Não são 35 anos de ausência do mercado brasileiro, como a imprensa andou divulgando. Dentre outros poucos títulos do músico, em 2003 o Dom Salvador Trio lançou pela gravadora paulistana Lua Music seu álbum anterior, Transition. Acompanhado por Duduka da Fonseca (bateria) e Rogério Botter Maio (baixo), o disco era uma edição nacional do original americano gravado em janeiro de 1997. Dessa vez, porém, Dom Salvador gravou em um estúdio brasileiro em apenas dois dias, 8 e 9 de janeiro de 2007.
Passados dez anos, o trio apresenta a mesma sintonia fina de grandes músicos de jazz. A idéia de Dom Salvador era reeditar o famoso Rio 65 Trio, que formou com o mesmo baixista Sérgio Barroso e com o lendário baterista Édison Machado, morto em 1990 e aqui substituído por Duduka. O clima de samba jazz remete a sofisticada bossa que surgiu no Brasil e logo ganhou prestígio em todo mundo. Apimentando o banquinho e o violão, essa música tinha ares de samba e flertava de perto com os improvisos e a riqueza do jazz. Uma famosa e bem sucedida mistura brasileira.
São doze temas, todos com assinatura do pianista. Em Unificação Dom Salvador divide a criação com o músico Marco Versiani, também radicado e com carreira estabilizada nos EUA.
Animado com essa espécie de releitura da carreira, Dom Salvador planeja agora remontar - com outro nome - o antológico grupo Abolição, que tinha apenas músicos negros e ficou eternizado no clássico LP Som, sangue e raça, de 1971.
Parte da discografia é:
(1965) RIO 65 TRIO – RIO 65 TRIO
(1966) RIO 65 TRIO – A HORA E VEZ DA M.P.M.
(1966) Tristeza
(1984) DOM SALVADOR QUARTET – RIO CLARO SUÍTE
(1998) DOM SALVADOR, DUDUKA DA FONSECA E ROGÉRIO BOTTER MAIO – TRANSITION
2 comentários:
Mentor, cê tá ficando velho...
Qual é Kalunga, vc também!
Ahahahahahahah...
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